segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Atendimento inusitado!

Atendo uma ligação de uma pesoa um pouco agitada, pedindo a confirmação de número de fax, de recebimento de documento, dizendo que era algo urgente, importante e etç. Meu chefe não estava, na teoria não poderia fazer muito.
Resolvi perguntar o nome obviamente para anotar recado e tentar resolver o pequeno incidente.
Quando ela me disse o nome eu começo a dizer:
" Tia Silvia, sou eu Karla, da Rússia, lembra?". Tá eu falei isso várias vezes, tamanho o nervosismo!.
Claro que não, imagina, 10 anos depois, como ela iria adivinhar que a pessoa que atende nesse momento é uma garotinha magricela e de franja "a la índie" que ela tantas vezes carregou de carona para a escola. Que ela viu (momento vergonhoso), dançando na boquinha da garrafa várias vezes (rs) e que em um momento engraçado defendeu a filha dela das mãos de umas garotas muito perversas (incluíndo uma brasileira- detalhes em post futuro).
Pois é, do outro lado da linha estava a segunda pessoa em Moscou que nos ajudou, nos estendeu a mão e nos mostrou um pouco do que viveriámos lá. Silvia Kukulka Xavier, engraçadíssima, que tomava litros de coca-cola, café e fumava 3 maços de cigarro por dia (se não me falha a memória), que tinha uma letra bem diferente e que tantas vezes tentei imitar, branca dos olhos lindos, elegante. Mãe de duas filhas hilárias e com um senso de humor muito peculiar.
Casada com um dos homens mais altos que eu já conheci e que em vários momentos foi amiga e nos ajudou a superar distência, saudade e tudo mais que uma vida no exterior nos presenteia.
Foi sem dúvida um momento muito engraçado, muito importante obviamente e que me faz querer rever a Ingrid(quem me ensinou o alfabeto em russo, e eu aprendi em apenas 2 horas em todos os sentidos), a Isabel e toda essa família que merece destaque em vários momentos de meus 4 anos na Rússia.

Agradeço a instantes como esse. Não creio em destino. Nem em coincidência. Mas também não saberia explicar exatamente o que une duas pessaos depois de tanto tempo, de uma forma tão especial.

Crie a sua paz!

Abro a conta no domingo enquanto vou ao banco no shopping e vejo que recebi uma grana extra, que jamais eu esperava.
Fique nervosa, surpresa e tão tensa que fui ao banheiro.
Lá entra uma mulher daquelas escandalosas e falsas peruas. Suponho que ela estava até com roupa de oncinha. O fato é que ela entra no banheiro berrando:
_" O mundo precisa de paz, para quê brigar por causa de uma garrafa de água. O mundo precisa de paz. Se houvesse paz no mundo o mundo viveria melhor".
E vira para uma criança que com certeza estava tão pasma quanto eu lá escondida no banheiro:
_" Para quê brigar por causa de uma garrafa de água. Precisamos de paz. Você sabe o que é paz?
A criatura obviamente com aquela voz de dow responde:
_"Não".
Silêncio total, até ela perguntar:
_" Você não quer fazer xixi?".
Eu estava me retorcendo de dores lá dentro de tanto rir imaginando a carinha da menina perguntando para si o que a mãe ou avó queria dizer aos berros com a palavra paz.
E depois que eu via a repostagem da Islândia (o melhos país do mundo apra se viver, nada de violência, analfabetismo, poluição, guerra, pessoas mau educadas e anti-éticas ou corruptas), eu sinto até pena dessa pessoas que acredita que em nosso país isso seja uma futura realidade. O mundo precisa de paz, mas se ela mesmo berrava como uma doida, imagina aqueles poderosos, que cifras enormes de dinheiro rondam a sua vida.
Será que é interessante para o mundo viver em paz?. Acho que faltará renda. A fonte secará!
Eu também quero paz. A minha paz!. Depois transmito ao próximo.
Faça a sua paz!

Tá acabando o martírio!

Tá não gosto de ficar vendo Olímpiada, mas não deu outra, consegui achar bonito o Cielo ganhando. Mas também achei fracassante a queda do Diego Hipólito e companhia. Agora foi um sucesso o jogo da seleção de mulheres jogando. Agora não entendo por quê elas fazem uma cara de machões quando jogam. As outras jogadoras mesmo correndo feito um homem são tão mulherzinhas e lindinhas. Acho que uma coisa não interfere na outra.
Fim de semana foi para eu simplesmente morgar. Saí na sexta com uma turma de peruanos e angolanos e até dançei a famosa dança angolana com o sugestivo nome de "Cuduro". Eles nem acreditavam que eu dançava e contei que aprendi quando estava morando em Moscou, com uns amigos da Angola que moravam em meu prédio. Era uma turma animada e minha mãe tornou-se confidente da filha do Embaixador na época, a Paula. Ela era um mulherão, firme, inteligente, que criava sozinha o filho e fazia bolos maravilhosos, inclusive foi ela quem fez meu bolo em meu niver de 13 anos. Os angolanos são pessoas muito especiais, meio brasileiros na alegria, na vontade de viver e dançar. Tá comprovado que isso não faz o país evoluir, mas ao menos eles se divertem de alguma forma. Foi uma sexta para recordar momentos maravilhosos que vivi em Moscou e até me emocionei em alguns momentos, porque não dá para fingir que nada disso aconteceu em minha vida.
Por falar em Moscou, o Oleg chegou firme e forte à terra dele, Saratov. Me mandou um e-mail e segundo ele ficou muito feliz em me conhecer. Eu de minha parte, passei o domingo escutando o cd que ele me deu e matei um pouco a saudade dos meus grandes momentos por lá.
De resto apenas mofei mesmo. Gosto de fazer isso. Não incomodo à ninguém, ninguém me incomoda e os dias passam descansados e felizes.
E para finalizar.
Quando eu acho que o ser humano deixou de ser tosco eu vejo na TV: pai manda matar a filha para não pagar pensão atrasada. Ai, ai ,ai............
Uma ótima semana!