terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Gostaria de entender, por quê você ainda habita a minha mente.
Ainda sinto seu beijo, suas palavras, sua voz aconchegante, suas mãos protetoras.
Fico deprimente amando um fantasma. Fico obsessiva, vulnerável, amarga.
Sonhos de valsa, por favor adoçem minha vida!
Um copo cheio de vodka. Preciso afogar esse amor que não me deixa seguir consciente em minha linhagem de enfermidades, insanidades e cancêres afugentados em minha sangrenta luta interior.
Ah! se 2009 me desse um novo sentido de amar. Que seja mais carnal, mais livre, que me faça voar sem querer voltar.
Não quero correntes, cartas de amor, nem cartões, nem flores.
Amiga compra cama nova. Pronto meu novo habitat!
Penúltimo dia do ano. Dobraram o trabalho, documentos que precisam chegar até amanhã; demissão, stress, internet que não funciona.
Dizem que sou muito reclamona e briguenta, mas me convenço a cada dia, que eu sou justa em meu modo de trabalhar e por isso acabo falando mais que o necessário.
Essa minha luta pelas causas alheias me faz lembrar a primeira vez que li algo sobre um líder. Li a biográfia de Lênin, o cara russo que revolucionou a história mundial. O admiro e chego a imaginar que eu mudei muito após a leitura sobre sua vida. O que mais gosto é o fato de que ele não foi admitido na faculdade e decidiu estudar Direito sozinho, aparecendo lá apenas para fazer os exames finais.
Desde então me imagino liderando, sendo dona de um jornal, dizendo o que deve ser feito, mas acima de tudo fazendo tudo com cidadania na veia e com justiça social.
Falo isso, por estar triste com o governo de minha cidade. Brasília é linda e eu a amo, mas me dá raiva ver tudo o que rola por aí. Por exemplo: o metrô está em greve. A gente acorda cedo, na correria, se arruma, e talz e dá de cara no portão.
Eu entendo que é direito do cidadão trabalhador fazer isso, mas eu vejo como uma forma de desrespeito com uma população que depende de transporte o dia inteiro. E infelizmente essa atitude não mudará muita coisa, pois é fato que nosso governador está mais peocupado em trazer a Copa para Brasília do que com qualquer outra coisa que possa acontecer.
Eu fico mesmo muito chateada. Porque para que a cidadania aconteça de fato, precisamos de pessoas engajadas e conscientes de suas responsabilidades.
Lenin dizia isso. Ele acreditava na revolução da união. Várias pessoas lutando de forma respeitosa pelo bem comum. Não sou à favor ou contra das atitudes reais dele, mas a idéia me agrada e muito.
E é isso que eu mais desejo no próximo ano: que nós como cidadãos, façamos a nossa parte, de maneira construtiva. Respeitar ao próximo não deveria ser apenas um conceito biblíco. Isso devería fazer parte do DNA. Cuidar de sua cidade, com atitudes simples. Ajudar à pessoa que nós escolhemos como governante a perceber o que realmente precisamos.
Claro que fatalmente isso acontecerá aos poucos, pois é questão de cultura ser quem somos, mas eu acredito no brasileiro de uma forma geral, acredito que podemos oferecer algo mais lindas noites de carnaval.