segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Não sei porquê. Perdi o apetite.
De repente me lembrei do "não" que levei vida a fora.
Dos "não posso ficar com você", pelos motivos mais chinfrins que alguém poderia me jogar na cara.
E as traições?. Nossa, quantas vezes traída. Estou regenerada?
Coração hoje ficou assim vazio. Ou talvez já esteja vazio há tanto tempo, que já nem sinta tanta diferença.
Talvez eu esteja me colocando como a pecadora insistente e sem moralidade suficiente para sobreviver ao naufrágio de minha alma.
Esta semana será dedicada a me preparar para mudar.
Imã lindoka, vai me ajudar com uma lista de coisinhas que uma pessoa solteira e linda precisa para sobreviver em uma kiti.
Eu olho e acho milhões de coisas legais e importantes, mas no fundo eu sei que não preciso de muito para sobreviver.
Assim que eu tiver a lista eu posto aqui e aceito opinião. Tenho mais ou menos 3 semanas para executar o plano.
Ansiedade múltipla.....

Calor de domingo. Felicidade de domingo.....

Calor de domingo. Compras. Mercado lotado. Escolhe de um lado, calcula de outro. Promoção?. Levo o quê?. Compras.
Fila enorme. 40 minutos. Converso com conhecida das antigas.
Amiga e eu. Almoço saudável no shopping. Olhar vitrines. Gastar. Presente.
Corre para casa. Banho. Põe vestido lindo e sapato novo. Guarda compras. Cheiro de lavanda. Calor. Sol escaldante.
Corre para feira. Compra ração de ramster. Corre. Calor. Apresentação da orquestra no Shopping.
Lindo. Sono. Anda. Olha vitrine. Come pão de batata com cheddar. Encontra irmão correndo.
Liga para amigo. Dormiu de novo?.
Festival de Cinema Internacional.
Premiação confusa. Filme lindo. Atmósfera chique. Coco Chanel. Stravinski. Filme lindo. Elegância.
Sai feliz. Como Habbibs. Esfirra. Kibe. Suco gostoso de laranja.
Amigo. Sorrisos. Estórias. Passeio. Domingo feliz.
Piratas do Caribe. Sono.
Caminha.
Amém!.

Oh sábado agitado!

Sábado rolou uma peregrinação sem tamanho e infinita. Acordei cedo, me arrumei lindamente. Chego para dar aula, nada de aula. Com a decepção gastei compando dois pares de sapato. Caminhei, caminhei, caminhei e encontrei o bendito brinco que mamãe havia me pedido para comprar de presente para um baby, que nasceu lá na terra dela.
Calor, calor, calor, passo na feira, gasto mais granas com blusas brancas para usar no trabalho. Ando, ando, ando, almoço com amigo. Aliás que almoço!.
Conheci a kiti e obviamente estou encantadíssima. Não vejo a hora de mudar.
Ando, ando e ando e capoto no sofá com uma puta enxaqueca dos infernos astrais.
Irmã da amiga entra no ap e sai e eu não me lembro de fato. Amnésia. Cansaço.
Descubro mais filhotes de ramsteres. Me preparo para o niver da irmã da colega de ap.
Confusão. Menino em coma alcóolico. Idade: 14 anos, diabético. Samu, ambulância, grito. Amnésia de novo.
Menino salvo no hospital. Mãe preocupada. E nós conversando lá embaixo, rindo do que sobrou da festa. Amiga conseguiu resolver tudo. Menos mal!.
Cama.
Domingo enfim.

Ontem, eu fui assitir à uma apresentação de uma Orquestra da Siberia, na inauguração do Natal na Capital.
E não tem como eu não me empolgar.
A Rússia, está entalda aqui, e eu fico com aquela cara de boba do tipo, humpf eu falo russo.
Aí me lembrei que quando eu cheguei no Brasil, com meus gordinhos 15 anos, eu tinha receio de contar que estava vindo de lá.
Por um bom tempo eu sofri a saudade e confesso que sofri mais na volta do que na ida.
Porque quando eu fui morar lá, eu tinha certeza de que voltaria, mas com meu retorno eu já não sabia como seria.
E todos os dias sinto uma angústia. Uma vontade de largar tudo e voltar para lá, reviver, ou simplesmente viver.
Sempre que eu posso, espalho na cama, fotos e cartas e fatos. Relembro dias e noites e neves e frios e lágrimas.
E retomo iniciativas não tomadas, palavras não ditas, amizades feitas à base de pequenos murros mentais. Ou amizades verdadeiramente sinceras e felizes.
A Rússia sou eu, adolescente, gordinha, com dentes tortos e óculos estranhos. Mas eu era um ser intenso, infeliz, ou feliz, dentro das minhas possibilidades catastróficas.
Estou marcada e resignada e esperançosa.
Todos os dias!.
Amigo me perguntou, com que roupa eu me sinto realmente eu.
E respondi que um terninho bem alinhado, certamente preenche minha vida de muita coragem e entusiasmo.
Estou cada dia me sentindo mais velha de todas as pessoas.
Um garoto de 15 anos veio me perguntar quantos anos eu tinha, com o intuito de me azarar..(ele mesmo afirmou isso)...Mas caitadinho, acabou se decepcionando quando me viu balzaquiana!
Estou em crise!

Coco Chanel & Igor Stravinsky





Coco Chanel & Igor Stravinsky
(Coco Chanel & Igor Stravinsky, 2009)


Sinopse: Em 1913, a jovem Coco Chanel começa a se destacar no mundo da moda. Ao mesmo tempo, o compositor russo Igor Stravinski desponta no cenário artístico ocidental. A estréia do balé A Sagração da Primavera, em Paris, arrebata a jovem estilista. Anos mais tarde, já célebre, Coco é devastada pela morte do seu amante, Boy Capel. É quando conhece Stravinsky, recém-chegado a Paris como exilado da nova União Soviética. Coco oferece então sua casa de campo para abrigar o músico e sua família. É o início de uma relação intensa entre os dois artistas.


Eu asssitindo ao filme que eu espero há algum tempo, sobre um tema que eu amo, sobre uma pessoa que eu admiro, em um idioma que eu falo e na companhia de uma das pessoas mais especiais para mim.
Tem algo que possa se igualar a esta alegria de domingo?

Paz!