sábado, 15 de outubro de 2011

Dica de beleza e saúde: Intolerância à lactose

Semana passada eu e marido fomos à Gastro e lá descobrimos coisas horríveis e uma delas é de que sou intolerante à Lactose. 100%. Não posso ingerir absolutamente nada de leite e seus derivados. 
Eu já imaginava. Um mês antes, fiz o tal do exame para descobrir isso e passei muito mal. De lá para cá, eu mesma cortei tudo que contêm leite. Não foi tão ruim. Tenho ingerido suco e leite de soja e dia 21, com a ida à Nutricionista, acho que minha vida vai ficar um pouco mais alegre. A coisa chata, é que com isso perdi 7 kilos e é claro, para uma pessoa que já viveu com anorexia e tentou muito sair disso, pesar 41 kilos não é nada animador.
Mas eis que ontem e e marido resolvemos sair da rotina e da dieta e fomos comer uma pizza. Pensei: "uma fatia só de pizza, não irá me matar". Engano meu. Quase me matou. Senti uma dor. Parecia que eu teria um filho naquele instante. Tomei buscopan e usei compressa de água quente e finalmente dormi. Acordei hoje com dores ainda, mas bem mais aliviada.
Por isso hoje, que é o dia de dicas de saúde e beleza, vou colocar aqui alguma explicação sobre isso e espero leitor meu, que isso lhe ajude, principalmente se você tem intolerância. Procure um médico, não tente se curar sozinho. E de antemão dou uma dica preciosa: se você tem, não tente acreditar que uma fatia de queijo ou um gole de leite não farão mal, farão sim e isso foi comprovado.
Beijos e beijos.

Intolerância à lactose é a incapacidade de digerir a lactose (açúcar do leite). O problema é resultado da deficiência ou ausência de uma enzima intestinal chamada lactase. Esta enzima possibilita decompor o açúcar do leite em carboidratos mais simples, para a sua melhor absorção. Este problema ocorre em cerca de 25% dos brasileiros.

Causas:
- Deficiência congênita da enzima: a criança nasce com um defeito genético que impossibilita a produção da lactase;
- Diminuição na produção da lactase em conseqüência de doenças intestinais;
- Deficiência primária: ocorre diminuição da produção da lactase como conseqüência do envelhecimento. Esse fato é mais evidente em algumas raças como a negra (até 80% dos adultos têm deficiência) e menos comum em outras, como a branca (20% dos adultos).

Sintomas:

Os sintomas mais comuns são náusea, dores abdominais, diarréia ácida e abundante, gases e desconforto. A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e

da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarréia. Os sintomas podem levar de alguns minutos até muitas horas para aparecer. A peristaltase, ou seja, o movimento muscular que empurra o alimento ao longo do estômago pode influenciar o tempo para o aparecimento dos sintomas. Apesar de os problemas não serem perigosos eles podem ser bastante desconfortáveis.

Tratamento:

Não há tratamento para aumentar a capacidade de produzir lactase, mas os sintomas podem ser controlados por meio de dieta.
Alimentos proibidos:
- Leite de vaca, queijos, manteiga, requeijão e demais derivados de leite;
- Preparações à base de leite (bolos, pudins, cremes, entre outros...);
- Bolachas e biscoitos que possuem leite em sua composição.
Deve-se ressaltar que esta orientação dietética não substitui o acompanhamento pelo médico!

Alergia ao Leite de Vaca x Intolerância à Lactose

A alergia ao leite de vaca (ALV) e a intolerância à lactose (IL) são duas patologias diferentes, apesar de causadas por um alimento em comum e de apresentarem sintomas semelhantes. 

A IL ocorre porque o organismo não produz ou passa, por algum motivo, a produzir pouca a enzima lactase, responsável pela digestão da lactose (açúcar do leite). Em conseqüência, a lactose se acumula no intestino, para onde atrairá água, será fermentada pelas bactérias, com formação de gases, provocando diarréia, cólicas, distensão abdominal, e desconforto.
A ALV é provocada pelas proteínas presentes no leite, principalmente a globulina, que é identificada pelo sistema imunológico como um agressor, um agente estranho que precisa ser combatido. A partir da ingestão destas proteínas o sistema imunológico desencadeia uma verdadeira guerra contra os “agressores”, e esta guerra é a responsável pelos sintomas – diarréia, distensão abdominal, flatulência e ainda: lesões na pele, como urticária e coceira, sintomas respiratórios, inflamação da mucosa intestinal e até pequenos sangramentos intestinais.
A IL pode ser genética e nesse caso a pessoa já nasce sem produzir a enzima lactase, porém, em outras situações, pessoas que nunca foram intolerantes passam a ser, após gastroenterites, radioterapia ou quimioterapia, doenças inflamatórias intestinais, doença celíaca, etc. Nesses casos, a IL pode perdurar até o final da vida ou pode ser transitória e, ainda, pode apresentar vários graus. Geralmente a IL tende a piorar com a idade.
Ao contrário, a ALV tende a ser pior nos primeiros anos de vida e seus sintomas podem se suavizar com o passar dos anos. Muitas vezes esta alergia é desencadeada quando o bebê menor de 6 meses recebe leite de vaca em substituição ao leite materno, principalmente se for filho de pais alérgicos.