segunda-feira, 7 de março de 2016

Feliz dia das Mulheres - De novo!

Eu sei que hoje é um dia especial! Na Rússia é até feriado! Acho bem chique. Mas eu continuo batendo na tecla de que essas datas comerciais ou forçadas são chatas.
E digo forçada, porque de que adianta comemorar o dia das mulheres quando estamos vivendo um momento em que até isso é um problema?
E eu estou bem cansada dos julgamentos, e me incluo nessa. Estou cansada de criar a mulher perfeita, principalmente dentro do meu universo de secretárias, quando não existe isso de mulher ideal, muito menos de mulher perfeita.
Cansada do tem que ser magra, bumbum na nuca, Botox, roupas de grife, estilos em acordo com o que dizem ali no blog daquela blogueira mega fmosa, tranquilidade, super mãe, melhor na cama, rica, com apartamento, carro, filhos, se não biológicos, adotivos, gato, cachorro, inglês, francês, mestrado, doutorado, viagem a Paris....
Está na hora de cada uma de nos nos respeitarmos pelo que somos, por quem somos, independente de quem somos de fato. Pelo que construímos efetivamente. Pela nossa responsabilidade com nossos sonhos, com nossos projetos, por menores que sejam. Está na hora de parar de julgar a fulana que tem 05 filhos em tempos de ZIKA, a beltrana que usa o cabelo rosa mas que trabalha como advogada. E a que engordou? ah somos craques em julgar os pneus alheios. E a que optou por cuidar das crianças? Ou a que escolheu não ter filhos? Como assim ela não quer ter filhos? Ah e ela vive estudando. Vive viajando. Ah ela nunca namora, deve ser uma quenga... ah ela macumbeira. Evangélica e bebe? Ela é negra e usa cabelos loiros. Ah ela é branca e toda tatuada. E ela tem a língua enrolada e dá palestra? Ah ela não é concursada. Ah ela bebe, fuma, fala palavrão. Ela costura? Quem vive de arte neste país? Como assim largou a faculdade para casar? Como assim largou o casamento para viajar? Ela tem o cabelo curtinho, só pode ser sapatão. Ela usa neon, fora de moda. E All Star? Tão juvenil. Ela largou o marido para casar com outra mulher, que vadia! Nossa tão nova e já casada? Nossa tão velha e ainda solteira? E aquela velha namorando o novinho? E aquela novinha namorando um velho, só pode ser dinheiro. E por aí vai...
Se eu ficar o dia todo aqui terei mil motivos de preconceito, julgamento e críticas destrutivas para exemplificar como perdemos a noção. Em tempos de internet tudo é motivo de sabedoria indecente. De desrespeito. De bobagens sem fim. De gente escrotizando a mulher só porque ou ela tem uma vida sexual ativa ou porque ela escolheu meditar no Imalaia. Já não sabemos ao certo o que podemos ser para que haja um encaixe perfeito nos padrões sociais. 
E a mulher de hoje não é apenas mais um gênero. Ela é o que há de mais sagrado. É essa figura, tendo ela nascido mulher ou se transformando em uma ao longo dos tempos, que mantem toda uma economia e uma cultura vivos. São essas mães que sustentam uma casa, mães que criam seus filhos sozinhas; mulheres que estudam e trabalham e ainda precisam estar magras, sorridentes e alto astral, mesmo que a jornada, em muitos e muitos casos ultrapasse as 24 horas do dia. 
Eu rezo por cada mulher que convive comigo. E peço perdão pelas vezes no qual fui extremamente nojenta criticando seja lá que mulher for. Não tenho esse direito. E me prometi ser a mulher que eu quiser, respeitando ao próximo, às leis e principalmente ao que eu tenho de mais valioso: meu coração. 
Não quero me igualar aos homens. Apenas quero ser respeitada. E sei que todas nós queremos a mesma coisa. 



Feliz dia. Amanhã também. 

Beijos e beijos!

21 dias

Em 21 dias eu completo 32 anos. O mais legal? Não parecer. E mesmo não sendo absolutamente nada cuidadosa com a minha saúde, tenho muito orgulho de quase ter essa idade.
Ontem inclusive, em uma conversa com um irmão meu, ele comentou que com 40, eu deverei ter cara de 32? hahah Achei muito interessante a colocação dele e espero que sim. O objetivo anual, embora nunca cumprido, por enquanto, é o de cuidar da saúde, mas assim, não vou enlouquecer não. Aos poucos. Sem medo. 
A sexta passada foi um tanto quanto doída. A mãe da minha amiga linda que eu carinhosamente chamo aqui no blog de Biriteira, morreu. E a morte não é algo com o qual nos acostumamos, ainda mais conhecendo a pessoa e ainda mais tendo pais na mesma idade dela. E o que nos resta é uma oração diária pela alma dela, pelo conforto dos que ficam e pela recuperação do sossego. Fui ao velório e me comportei.
Me comportei porque eu não vou em nada do tipo. Sempre fico mal, me dá dor de barriga, eu fico ansiosa. Mas estive lá por vários motivos, entre eles, a amizade paternal que nutro pela família. Sou dessas. E mesmo tendo sido rápido, foi de coração e a Tia viu que nos fomos. Isso é o que importa.
No sábado à noite trabalhei em mais um casamento. E que casamento gente! Cerimônia leve, sem muito frufru, Padre fofo, fez noivos e convidados rirem, mesmo com dor de cabeça. E a festa foi um caso à parte. Animada do começo ao fim, com altas coisas diferentes, mas que não ficou papagaiado, como dizem alguns. Adorei a ideia de uma tequilera no corte da gravata e uns dançarinos fantasiados interagindo com os convidados na pista de dança. E o noivos? Casal maravilhoso. Ao final da festa recebemos tantos elogios que me emocionei. É gostoso demais ver sonhos se realizando de forma tão plena. Profissionalismo é a base da Eficace Cerimonial. Que orgulho de poder fazer parte disso. Gratidão define!
E entre o trabalho e outro passei quase que o fim de semana todo com meus pais, conversando, tomando uma cervejinha, comendo (cara comi muito neste fim de semana, Jesus!!) e até cochilando um pouco, tendo em vista que cheguei às 05:00 em casa no domingo. 
E a semana começa bem chuvosa, bem estranha profissionalmente falando. Segunda que vem tem um evento do Comitê e estou muito triste porque não poderei participar. Mas estou aqui focada tentando ajudar no que me é possível. Não é fácil conciliar tantas atividades, mas confesso que não me vejo sendo outra pessoa.

E vamo que vamo que o país está passando por um momento delicado, mas não podemos nem desistir, nem parar. E que Deus nos abençoe!